Foto de Carlos Pereira
LIBERDADE
Carlos Pereira
Já fui lume, labareda, fogueira,
Lava vermelha acesa de vulcão.
Já fui chão duro tornado eira
Do trigo loiro antes de ser pão.
Já fui palavra exacta, verdadeira,
Arquétipo d’um povo, emoção.
Já fui água d’um rio, cristalina e ligeira;
Esperança, sonho d’uma Nação.
Já fui balada, arma, voz de trovador,
Sangue, lágrima, essência de poeta;
Nebulosa, luz do Sol, cauda de cometa.
Já fui sorriso de criança, cravo e dor,
Divisão do Bem e do Mal, meridianos;
Gládio de arauto anunciando desenganos.
Aveiro, 15.05.2011
Publicado no Diário de Aveiro
in "Poetas d'hoje" Antologia III - Edição do Grupo de Poesia da Beira Ria / Aveiro 2016
São belos
ResponderExcluirtodos os ciclos das marés
belo soneto.
ResponderExcluirbela foto.
parabéns pela sua publicaçâo no Diário de Aveiro
deixo um beij
"Já fui sorriso de criança...e já fui dor."
ResponderExcluirBelo soneto muito bem delineado,
Para a palavra Liberdade...
Maria luísa
p.s. escrevo poesia
A imagem postada em seu blog parece um pedaço do céu sus poemas são lindos .Uma linda tarde beijos,Evanir.
ResponderExcluirSou sua Seguidra.
A liberdade das palavras e das imagens - assim se escreve poesia.
ResponderExcluirUm abraço.
Com toda a Liberdade eu o digo: Gostaria de ter sido eu a criar este Soneto e o acarinharia por toda a Poesia que a Liberdade sabe merecer e que o Poeta Carlos Pereira, a essa Liberdade, soube tão bem dedicar!...
ResponderExcluirA Liberdade e a Poesiasão são muito disso... e o Poema!
Bom fim de semana
Abraço