Foto de Carlos Pereira
O AR DENSO DA CIDADE
Carlos Pereira
O ar denso da cidade, aperta como tenazes,
A epiderme angustiada da minha garganta.
Na avidez de sufocar, te comprazes;
Sem broquel teu odor oxidado se agiganta.
Ó Deuses desçam da bruma impura, audazes;
Iluminem o breu da noite sacrossanta
De todos os homens, para que sejam capazes
De purificá-lo, por cada voz que já não canta.
Que o coração humano não seja, exânime,
No crer da bondade para o dorido mundo;
Mesmo que a maldade e a injustiça, o desanime.
Que a luz obstinada da sabedoria seja, o fanal,
Para iluminar o caminho insano e profundo,
Que torne o mundo num jardim universal.
Aveiro, 16.02.2011
Publicado no Diário de Aveiro
Publicado no Diário de Aveiro
Que assim seja, Carlos...do jeito que está, não dá...muito bem colocado, meu amigo!!
ResponderExcluirAbraço grande do lado de cá!
Tudo se move
ResponderExcluirmas seria bom
que fosse no sentido do voo
e bem precisamos de uma luz para nos iluminar.
ResponderExcluirum beij