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NUNCA
SABEREI TUDO
Carlos
Pereira
Nunca
saberei tudo! Ninguém sabe tudo!
Saber
mais deve ser o objectivo de cada um,
para
poder afirmar: nunca saberei tudo.
Quem
quer saber mais, aprende.
Quem
aprende, sabe mais.
Sabe
mais.
Sabe
tanto.
Sabe
tanto ou mais.
Sabe
muito.
Sabe
muito mais.
Sabe
mais ou menos, para dizer que nunca saberá tudo.
Se
perguntarem a quem sabe muito, por que é azul a água do mar, responderá:
-
Esta questão tem a ver com a Física; o que determina a cor
é
a quantidade de luz solar que incide sobre a água e a sua profundidade,
as
partículas suspensas nela e o comprimento de onda da luz que é reflectida.
Se
me perguntarem, a mim que sei muito pouco, respondo:
-
O mar é o céu com água e com peixes em vez de estrelas.
Mas
isso sou eu que sou poeta.
Quem
me dera não saber nada, eu que sei tão pouco.
Assim
não discordava do que dizem os que sabem tanto ou, tanto ou mais, muito ou
muito mais, e, esses não se davam ao trabalho de discordar das minhas opiniões,
porque
eu nem sequer dominava os argumentos para as emitir, malgrado meu.
Por que
somos tão próximos das pedras, das árvores, dos rios e dos montes,
dos
mares e do sol que nem sequer pensam ou sabem que existem?
É
na ambiguidade de uma possível resposta a esta simples semântica
que assenta a evidência do meu princípio opinativo:
que assenta a evidência do meu princípio opinativo:
Nunca
saberei tudo! Ninguém sabe tudo!
Aveiro, 08.05.2014
Publicado no Diário de Aveiro
Bom dia. Amigo! Gostei muito do seu poema e a propósito dele lembrei-me de Yeats quando diz: "Quem me dera ser - pois nenhum conhecimento vale uma palha - infantil e ignorante como a madrugada".
ResponderExcluirBeijo.
Boa noite, perdoa-me mas só hoje vejo sua mensagem em meu Blog, e aqui estou para dizer da minha gratidão, e ler aqui seus belos versos.
ResponderExcluirFoi gratificante esse retorno a este espaço Poético,
abraços,
Efigenia Coutinho
Deixo um link de meu novo Blog ficarei feliz em seguir-me
http://efigeniacoutinho-duetos.blogspot.com.br/