PORQUE SE HÁ-DE FINGIR
Carlos Pereira
Porque se há-de fingir o que não somos;
Iludir a verdade ferindo a consciência;
De nada vale tentar ser o que não fomos,
Só para dourarmos a nossa existência.
Pouco importa o berço onde nascemos!
Os brasões e os tesouros herdados,
Se na mentira castelos erguemos…
Com a verdade… seremos julgados.
Calem-se, ó bocas de maledicência!
O silêncio é de ouro quando entendemos,
Que fingir só salva a aparência.
Se formos diáfanos nos actos; honrados
Na derrota e humildes quando vencemos;
O fingimento e a loa serão repudiados.
Aveiro, 08.04.2010
Publicado no Diário de Aveiro de 28.08.2010
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