Foto de Gustavo Martins
O SONHO DE ABRIL
Carlos Pereira
Portugal, país de imemoriais tradições;
Nação gloriosa desde os anais da história,
Não chama nunca, aos que roubam, ladrões,
E transforma a derrota sempre em vitória.
Orgulhamo-nos do teu passado das descobertas,
Das odisseias cantadas pelo magnânimo Camões,
Mas nunca conseguimos sarar as feridas abertas,
E do padre Vieira não escutámos seus sermões.
O sonho de Abril esfumou-se em milhões de miríades!
A luta pelo poder e a guerra de interesses prevalecem…
O país tornou-se numa atarefada feira de vaidades,
Onde os menos afortunados, constantemente, padecem.
A corrupção é bandeira há muito instituída
Com o beneplácito dos sábios governantes.
A democracia cada vez menos conseguida;
Ignora o povo e torna-o pobre como dantes.
Aveiro, 26.02.2010
Não há dúvida que de Abril só temos mesmo os sonhos. Temos os governantes cada vez mais sábios e os pobres cada vez mais pobres. Quanto aos larápios deixaram de andar mal vestidos e passaram a usar fato e gravata. Gostei do poema meu amigo que dá bem conta da nossa situação actual. Beijos comcarinho
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ResponderExcluirUm canto triste e bonito para sua Pátria...Aqui também é assim, infelizmente.
Será que um dia isso muda?
Beijos de luz e o meu carinho!!!
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Belíssimo poema, meu amigo Carlos!
ResponderExcluirNum trabalho mais do que inspirado você enaltece, de forma encantadora, a sua pátria, ao mesmo tempo em que apresenta a necessária denúncia.
Que pena, essas mazelas todas que maltratam nossos países...
Digo nossos países, meu querido, porque aqui nada é diferente!
Vivemos mergulhados num mar de lama, sem a menor espectativa de mudança...
Lamentável!
Um forte abraço, todo entremeado de gratidão pela sua visita!
Não podemos mudar de povo
ResponderExcluire sabemos que não basta ter razão
Greve Geral
sempestanejar
Subscrevo inteiramente, Carlos!
ResponderExcluir....
ResponderExcluirQuantas vardades resumidas neste poema.
Queira Deus que o nosso "Ipiranga" não demore, ou arriscamo-nos muito brevemente a passar de Nação quase milenar a mera referência histórica.
Um abraço
bem rimado, e a tocar na ferida dum sonho, e depois o desalento.
ResponderExcluirgostei!
um beij
Um sonho que temos que continuar... Abril!
ResponderExcluirUm abraço,
Chris
Tão de acordo com este poema triste sobre o nosso país...
ResponderExcluirBeijos.
Excelente poema, caro amigo, onde a verdade nua e crua foi muito bem versada...
ResponderExcluirBom resto de semana.
Um abraço.
Abril e democracia são palavras ocas, que cairam no olvido. Na prática vemos a sua antítese!
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