Foto de Piedade Araújo Sol
VAMPIROS
Carlos Pereira
Julgava-os extintos, no mínimo moribundos, feridos de morte…
Mas não, eles aí estão como dantes, ávidos de sangue, malvados;
À espreita dos animais fracos, indefesos, que nunca têm a sorte,
Por uma vez que fosse, de serem eles os sugadores e não os sugados.
Já batem as asas, pela noite calada, como cantava o Zeca…
Estes monstros não alados já atacam durante a luz do dia;
Calmamente, devagar, sem precisarem de correr Seca e Meca,
Que à noite de pança cheia espera-os uma triunfante orgia.
Vêm de todo o lado, alvoroçados, usam as cores como camuflagem,
Mas não conseguem iludir-nos; conhecemos o seu ignóbil rosto;
Vamos combatê-los para que a sua extinção não seja uma miragem,
E dizer-lhes olhos nos olhos: somos nós quem irá beber o vinho mosto.
Aveiro, 29.03.2010
Poema extraordináio, amigo Carlos, grande poeta!
ResponderExcluirNo tema e no desenvolvimento...
Excelente trabalho, que vem apenas confirmar o que sabemos: você exerce domínio absoluto sobre as palavras.
Forte abraço!
Zélia
pertinente e bem actual.
ResponderExcluirgostei de ver a foto!
obrigada!
beij
Gostei Carlos!! Ótima e nova forma de propor este tema...uma visão que faz toda a diferença, ainda mais bem descrita desta forma..
ResponderExcluir[]s
Amigo este poema está muito bem congeminado, na essência temática e no propósito de denúncia que cada vez mais falta faz.
ResponderExcluirQuantos poetas vemos por aí, num gongorismo ridículo e sensaborão, para não abrirem a boca e não porem os dedos nas feridas que já gangrenam...
Faz falta cada vez mais a poesia de intervenção.
É preciso a denúncia feroz a esta situação que faz lembrar o antigo regime, para pior...
Maravilha de poema meu amigo!
ResponderExcluirObrigada por sua visita, como sempre!
Bjão pra vc!
Gena
Sempre a cadência da toada poética servida por belas imagens, como gostei!
ResponderExcluirCarlos Pereira
ResponderExcluirVoo Contigo...
Lindo poema de quem sabe olhar o mal e vencê-lo.temos que seguir emfrente.
Um beijo
"Já batem as asas, pela noite calada, como cantava o Zeca…" É verdade. Belo e crítico poema.
ResponderExcluirUm beijo.
Excelente poema, caro amigo, que encerra uma crítica aos vampiros actuais... sempre os houve...
ResponderExcluirUm abraço.
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ResponderExcluirSeu poema é muito bom, e expressa o pensamento de milhões de pessoas!!! O tema é Universal... Infelizmente, esses vampiros habitam em todos os recantos.
Beijos de luz e o meu carinho!!!
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Caro: Carlos Pereira
ResponderExcluirBelo texto!
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Vêm de todo o lado, alvoroçados, usam as cores como camuflagem,
Mas não conseguem iludir-nos; conhecemos o seu ignóbil rosto;
Vamos combatê-los para que a sua extinção não seja uma miragem,
E dizer-lhes olhos nos olhos: somos nós quem irá beber o vinho mosto.
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Grato pela partilha
Tenha um Otimo Fim de Semana
Forte Abraço
Antònìo Manuel
Eles comem tudo
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