O MARNOTO
Com este humilde soneto, pretendo homenagear a figura do marnoto que labuta nas salinas de Aveiro, garantindo o sustento da sua família.
MARNOTO
Carlos Pereira
Agricultor sem arado,
A salina é a sua leira;
Amanha-a esperançado,
Para o sal, ter na eira.
Se o verão tiver sol forte,
Bem quente a nortada
E não for madrasta a sorte;
A safra será angariada.
Escultor de cristais de sal
Num trabalho árduo, ignoto;
Para ter o pão de cada dia.
Arte bela, glória sem igual,
Que o talento do marnoto;
Esculpe com a água da ria.
Aveiro, 01.01.2011
Boa noite! Bela homenagem!
ResponderExcluirSaudações da sua nova seguidora.
Carla Fernanda
Olá Carlos!
ResponderExcluirHomenagear é arte feita em partes, e dar valor ao um breve estraviar, é assegurar a lembrança- no lembrar de muitos!
Os meus parabens gostei demais!
Quero convida-lo a conhecer meu blog, Alma do Poeta!
Um forte abraço!
Lindo demais, amigo Carlos!
ResponderExcluirImagens que falam alto, versos que deslumbram!
Parabéns, meu amigo, grande poeta!
Abraço apertado da
Zélia
Injustamente ignorado, presente naquele segredo que nos dá a saborear esse "sal da vida" estando presente, também, na própria Vida!... Talvez um trabalho árduo, doce, conceteza, para o Marnoto que, melhor do que ninguém, saberá qual o sabor das lágrimas vertidas pelas mais diversas razões; serão salgadas, essa lágrimas, até as de felicidade, como feliz é o sal que nos tempera os dias, as noites, os sonhos e, como não poderia deixar de ser, uns saboroso petiscos!...
ResponderExcluirAo Marnoto, toda sorte do mundo... e o Sal!
Bom Domingo
Abraço
Uma homenagem muito bonita àqueles que trabalham nas salinas. Um trabalho árduo, sim.
ResponderExcluirUm beijo.
Muito belo
ResponderExcluirFilhos dos homens
que nunca foram meninos
Abraço
Marnoto liga-me de imediato a Aveiro. Ao sal. À pesca do bacalhau...
ResponderExcluirExcelente poema de homenagem a uma profissão já quase desaparecida...
Um abraço, caro amigo.
....
ResponderExcluirExcelente, meu amigo!
Uma homenagem merecida.
Um abraço
Poema burilado com a sensibilidade de um escultor literário de fina água.
ResponderExcluirÁgua límpida e cristalina, claro!