Foto de Carlos Pereira
CANÇÃO
DE ADORMECER
Carlos
Pereira
Vem devagar, devagarinho, sem pressa,
Traz
as palavras que te expandem a boca;
Traz
a força do grito, aventurado, que impeça
A
tortura que a tua ausência provoca.
Desfia,
pura e bela, o linho puro desta mágoa,
Escurece-me
os cabelos brancos desta vida
E
enxuga, com o teu olhar, os meus olhos rasos de água.
Embala
o meu peito, quando nele for, a morte pressentida.
Quando
a noite vier, generosa e límpida, sussurra-me
Uma
canção, com palavras de amor, a sair do teu seio,
Numa
procissão de estrelas e lágrimas floridas da lua.
Quando
a manhã raiar, vagarosa e diáfana, murmura-me
Um
poema, sem palavras de dor, que na tua pele leio,
Em
convulsões ritmadas de mim na tua carne nua.
Aveiro, 10.04.2012
um soneto muito belo.
ResponderExcluirmuito bom!
um beijo
Opa!! Que coisa bonita, Carlos!! Muito tentador...uma cena muito bonita e bem descrita..
ResponderExcluirAbraços,
Rafa
Desce Mais Uma!