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A JUSTEZA DA PALAVRA
Carlos Pereira
A justeza da palavra, sóbria, límpida na sua essência,
abre o caminho à respiração das sílabas na
brancura da página do livro, único, buscando
a generosidade do poema.
Eis o poema, não perfeito; só o silêncio do verso é
perfeito a
trespassar a rugosidade da palavra que
não calamos, vertida do sangue de todos os poetas, que
há-de burilar as faces negras ao diamante de
translúcida pureza maculada.
Forjemos o canto com palavras espessas, resgatadas
ao fogo libertador para que o poema renasça sem a
crueza das sombras, regenerador, obstinado e livre.
Aveiro, 04.07.2012
Ai de nós se fossemoos perfeitos
ResponderExcluirNada teríamos para conquistar