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MEU
IRMÃO
Carlos Pereira
Comove-te, meu irmão, com o canto do rouxinol
No píncaro da árvore que a Terra-Mãe abraça.
Canta, meu irmão, quando o sol te beija logo pela manhã
Num abraço de flores com raízes de fogo.
Chora, meu irmão, com os destroços de dor que a guerra gera
No seu ventre de morte e num rio de rubro sangue,
Desagua em sepulturas de saudade.
Se o fizeres, talvez à noite adormeças numa cama de música
E à cabeceira, tenhas um livro com linguagem só de luz.
Aveiro,
10.05.2012
Sensacional, Carlos...pra se anotar e reler nos dias para aliviar a caminhada...
ResponderExcluirAbração!