Foto retirada da Net
CAPITÃO
DE UM EXÉRCITO INERME
Carlos Pereira
Ao Tonito, meu amigo de sempre
Jaz na manhã fria o ranger da infância!
No soalho puído da minha memória,
Ergo o olhar e percorro a distância
Até ao passado numa fusão sem escória.
Ainda se pressente no ar a doce fragrância
De um petiz; serenidade por demais notória
Na claridade dos olhos. No coração, a ânsia
De quem feliz, quer recordar a sua história.
Pés descalços, calções de ganga, capitão
De um exército inerme e sem uniforme.
Amizade era o que disparava o seu coração
Se o tambor da discórdia, rufava desconforme,
Na peleja mais acesa, pueril discussão;
Tomava-nos de assalto, emoção enorme.
Aveiro, 24.05.2012
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