SONETO
PARA MINHA MÃE
Carlos
Pereira
Estou
só, por dentro e por fora,
Neste
futuro que chegou tão depressa.
Minh’
alma ainda ri, ainda chora,
O
tempo da infância que começa
Nas
lembranças da criança que sou agora;
E
toda a memória em fio de amor se teça.
Recordo
o silêncio bondoso, na aurora
Dos
teus olhos, para que a infância permaneça.
Tão
real tão dolorosa esta tristeza lerda;
Deixaste-me
as tuas mãos para que as afagasse,
Quando
a saudade me lembrar a tua perda.
Partiste
mas a casa não ficou desabitada;
Órfão,
fiquei de ti não das palavras onde nasce
O
poema onde te trago sempre lembrada.
Aveiro, 3.1.2013
Publicado no Diário de Aveiro
Publicado no Diário de Aveiro
um soneto que é uma belíssima e sentida homenagem
ResponderExcluirum beijo
Boa noite!
ResponderExcluirCheguei ao poeta da Ria...por acaso.
Li o soneto e fiquei comovida ao lembrar-me da minha mãe que já se foi, mas que está sempre presente...
O meu abraço.
Maria Emília
Todas as Mães que são Mães, merecem um Poema!... Dedicar-lhes um Poema com todo o carinho é retribuir um pouco da Poesia plena de inspiração, a qual é Fonte imensamente Admirável, como é tão Admirável essa memória, Carlos Pereira, que vive na plenitude do Amor de Filho e, concerteza, de Pai... e muitos Poemas!...
ResponderExcluirAbraço