CANAL DE SÃO ROQUE

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Foto de Gabriel Pereira




sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

SONETO PARA MINHA MÃE

Foto de Carlos Pereira
 
 
 
 
 



SONETO PARA MINHA MÃE

Carlos Pereira

 

 

Estou só, por dentro e por fora,

Neste futuro que chegou tão depressa.

Minh’ alma ainda ri, ainda chora,

O tempo da infância que começa

 

Nas lembranças da criança que sou agora;

E toda a memória em fio de amor se teça.

Recordo o silêncio bondoso, na aurora

Dos teus olhos, para que a infância permaneça.

 

Tão real tão dolorosa esta tristeza lerda;

Deixaste-me as tuas mãos para que as afagasse,

Quando a saudade me lembrar a tua perda.

 

Partiste mas a casa não ficou desabitada;

Órfão, fiquei de ti não das palavras onde nasce

O poema onde te trago sempre lembrada.

 

Aveiro, 3.1.2013


Publicado no Diário de Aveiro


 

 

 



3 comentários:

  1. um soneto que é uma belíssima e sentida homenagem

    um beijo

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  2. Boa noite!
    Cheguei ao poeta da Ria...por acaso.
    Li o soneto e fiquei comovida ao lembrar-me da minha mãe que já se foi, mas que está sempre presente...
    O meu abraço.
    Maria Emília

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  3. Todas as Mães que são Mães, merecem um Poema!... Dedicar-lhes um Poema com todo o carinho é retribuir um pouco da Poesia plena de inspiração, a qual é Fonte imensamente Admirável, como é tão Admirável essa memória, Carlos Pereira, que vive na plenitude do Amor de Filho e, concerteza, de Pai... e muitos Poemas!...



    Abraço

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