Imagem retirada da net
PEÕES
DO XADREZ
Carlos
Pereira
Sou
e ao mesmo tempo também és.
Somos
apesar de tudo e da irracional avaliação sobre a turba.
Somos
pouco.
Somos
muitos.
Somos
mais do que já fomos.
Se
eles te disserem que gastam o tempo e o nosso dinheiro,
a
acautelar o teu futuro a melhorar a tua vida e a suavizar a tua morte;
Não
acredites.
Estrebucha.
Não
amoches por dá cá aquela palha.
Mostra-lhes
que és tu quem trabalha.
Atira-lhes
facas à consciência, embora saibas, e eles também sabem que não a têm.
Cospe-lhes
o teu melhor veneno, embora saibas, que eles o tomam por inócuo.
Investe
com todos os cornos contra a besta negra.
Infligi-lhes
o estoque com um apropriado remoque.
Não
te mutiles com as palavras que nunca tiveste coragem de dizer.
Não
desistas. Quem não arrisca não petisca.
Defronta-os.
Nem que tenhas de subverter o jogo e utilizar tantos cavalos quanto os peões
deles.
Não
te esqueças, que quando acaba o jogo, quem morre é quase sempre o rei.
Aveiro,
26.04.2014
No xadrez é assim
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