Foto de Carlos Pereira
EGRÉGIO ORGULHO PÁTRIO
Carlos Pereira
No gesto impalpável há fracturas de nós
nas epopeias redesenhadas no infinito.
Há um canto de aves que a uma só voz
invade o espaço primitivo do nosso grito.
No declínio da vontade não acredito
nem no renegar do chão dos nossos avós.
Haverá sempre um conveniente conflito
na construção da ponte onde seguimos sós.
Havemos de reacender a fogueira extinta.
Devolver as águas calmas ao renovado rio
e regressar todas as naus do cais do marasmo.
O egrégio orgulho pátrio, fervoroso, se sinta
em cada um de nós num ciclópico delírio.
No sangue, corra único, em dócil espasmo.
Aveiro, 29 de Junho de 2015
Publicado no Diário de Aveiro
in "Poetas d'hoje" Antologia III - Edição Grupo de Poesia da Beira Ria / Aveiro 2016
Carlos Pereira
No gesto impalpável há fracturas de nós
nas epopeias redesenhadas no infinito.
Há um canto de aves que a uma só voz
invade o espaço primitivo do nosso grito.
No declínio da vontade não acredito
nem no renegar do chão dos nossos avós.
Haverá sempre um conveniente conflito
na construção da ponte onde seguimos sós.
Havemos de reacender a fogueira extinta.
Devolver as águas calmas ao renovado rio
e regressar todas as naus do cais do marasmo.
O egrégio orgulho pátrio, fervoroso, se sinta
em cada um de nós num ciclópico delírio.
No sangue, corra único, em dócil espasmo.
Aveiro, 29 de Junho de 2015
Publicado no Diário de Aveiro
in "Poetas d'hoje" Antologia III - Edição Grupo de Poesia da Beira Ria / Aveiro 2016
"Há um canto de aves que a uma só voz
ResponderExcluirinvade o espaço primitivo do nosso grito."
Um belíssimo poema, amigo.
Beijo.
Um soneto de excelência. Gostei imenso.
ResponderExcluirTenha um bom fim de semana, caro amigo Carlos.
Abraço.