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COEXISTÊNCIA HARMONIOSA
Carlos Pereira
Aveiro, 21 de Outubro de 2015
Apraz-me
todos os ócios que a Natureza me faculta,
tão
grave é o desejo de comunhão entre o céu e a terra.
Tamanha
é a crença que a minha alma exulta,
na
absolvição dos desmandos entre o mar e a serra.
Se
todo o mistério em si próprio se oculta,
na
milenar rocha o código original se encerra.
A
saga desmedida do homem hodierno sepulta,
a
energia gasta, não na paz, mas na horrenda guerra.
Neste
mundo desbotado hão-de nascer ideias novas
e
serão cantadas, sem esmorecimento, joviais trovas,
na
construção inadiável de humanizados trilhos.
Degrau
a degrau, na aprendizagem de caminhar,
em
passo estugado, resoluto, sem definhar,
mereçamos
ser, criaturas do universo, dignos filhos.
Aveiro, 21 de Outubro de 2015
Publicado
no Diário de Aveiro
Um soneto fantástico de louvor à Natureza.
ResponderExcluirUm ano harmonioso.
Beijos.