Foto de Gabriel Pereira
ÚLTIMO PATAMAR
Carlos Pereira
Eis-me chegado
Ao último patamar;
Onde tudo é mensurável,
Escrutinado.
Para trás ficaram sombras
E horizontes de silêncio.
Estou de costas…voltadas para o mundo.
Não ouço o seu discurso gasto,
Esgotado.
Desta lonjura já só escuto;
As palavras lúcidas da montanha
Num murmúrio plácido e melancólico.
Praia da Barra, 12.07.2010
Quantas vezes se chega ao ultimo patamar, quando se tem acabado de chegar...mesmo de costas viradas e esgotado faço votos para que a montanha lhe dê forças e quem sabe... talvez um respirar fundo afaste a melancolia. Adorei o poema. Beijos com carinho
ResponderExcluirO mundo está cada vez mais previsível e pior. Sei que já toda a gente disse isso desde há séculos, mas agora parece ser mesmo verdade...
ResponderExcluirResta-nos a natureza das coisas, que ainda existe...
Excelente poema, caro amigo.
Abraço.
Deixar para trás as sombras e ouvir o eco lúcido da montanha... Excelente!
ResponderExcluirBeijos.
denotando um certo desalento, nem por isso deixa de ser um bom poema, alem de muito actual.
ResponderExcluirtb gostei da foto.
um beij