SÃO TEMPOS DE BRUMA
Carlos Pereira
São tempos, estes, de bruma
Que nos tornam entorpecidos.
Não há rei que se assuma
Neste reino de empobrecidos.
São tempos, estes, de seca;
No rio quase não corre água.
Há indultos para quem peca…
E lágrimas de tanta mágoa.
Grassa, jocosa, a indecência…
Vive, impune, a obscenidade…
Premeia-se, a ufana insciência.
Nesta coutada, neste arraial,
A mentira travestida de verdade;
Consagrou-se bravata nacional.
Aveiro, 21.01.2011
Nunca os carneiros foram tão carneiros desde que os lobos foram dados à extinção!... Os gritos são submissos "méés" à promessa duns modernos "fachos" de erva... daninha!...
ResponderExcluirJunto minha voz à sua caro Carlos, na pertinência do Poema!... E do grito!
Abraço
Lindo soneto deitado à bruma em tempos dificeis estes... Adorei. Beijos com carinho
ResponderExcluirHummm...que "paulada" Carlos...gostei! Muito bom!!
ResponderExcluir[]ss
Um soneto a dar que pensar! Muito bem.
ResponderExcluirBj
Bshell
Que nunca te doam os dedos
ResponderExcluirpara dar voz às palavras
Um poema desencantado, para reflectir...
ResponderExcluirUm beijo.
quanta poesia
ResponderExcluire palmas!
beijos,
do menino-homem
fique com Deus!
o desencanto num soneto bem construido.
ResponderExcluirbeij
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ResponderExcluir...tempos de bruma? Acho que são mesmo...
Bonito poema! Uma reflexão em belos versos.
Beijos de luz e o meu carinho!!!
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ResponderExcluirAmigo,
O soneto é excelente, mas a verdade que nele se espelha é bem trágica para todos nós.
Um abraço