Foto retirada da Net
CANÇÃO
DE AMOR
Carlos Pereira
Esta fenda lúgubre, sangrando, talhada no meu peito,
Faz-me recordar tantos amores, alguns de vã glória.
Amar e ser amado, será desígnio? Será um direito?
Ó amantes incorruptos: guardai-os, sempre, na memória.
Este meu corpo torpe, definhando, sorte que mal aceito,
Traz-me tantas recordações, má fortuna, felicidade inglória.
Sublime amor me dás em troca de quase nada, minguado preito,
Te presto neste poema, sentido, de comezinha inspiratória.
A minha vida é uma montanha a parir amor contigo,
Cheia de flores campestres e beijos com sabor a mar
A eclodir, fieis desejos, no teu ventre níveo bendigo.
Agora tenho quem me ama e aceita esta vontade de sonhar;
Quem faz de mim, decrépito amante, seu porto de abrigo.
Se te disser que te amo, acredita, é o meu coração a falar.
Aveiro, 21.04.2012
... e assim acontece poesia
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