(Foto de Gabriel Pereira)
VENHO DE TÃO LONGE
Carlos Pereira
Venho de tão longe, não sei de onde;
Não trago ouro nem sonhos por sonhar;
No peito uma vontade que se esconde,
E que não sabe se comigo quer ficar.
Nada trouxe da lonjura do passado,
E nem a doçura do teu sorriso me ficou,
Para acalmar este amor abrasado…
Que a chama dos teus olhos ateou.
Já sinto saudade do mel da tua boca,
Das tuas mãos tão níveas e serenas;
Cheias de magia… embora pequenas.
Esta dor que em mim desemboca,
Como rio que anseia chegar ao mar;
Traz-me a certeza de à nascente voltar.
Aveiro, 11.04.2010
Boa tarde amigo!
ResponderExcluirMuito bonito este soneto. Um pouco triste, mas nao ha beleza na poesia, sem ser esta salpicada com um pouco de tristeza.
Abracos