(Foto de Salete Pereira)
UM AMOR JURADO ETERNO
Carlos Pereira
Já não me escorre pelos dedos a seiva dos dias;
São já álbum amarelecido de longínqua recordação.
Extinta está a luz dos meus olhos em que te vias
E no meu peito jaz a dor triste deste amor em vão.
Olho para trás e recordo as linhas do teu rosto,
A tua boca, os teus cabelos esvoaçando ao vento.
Neste desfiar de memórias; resta apenas o desgosto
D’ um amor jurado eterno …ora apenas sofrimento.
Agora que caminho sem ti e a aura do teu encanto
Se esfumou em miríades de estrelas; meu luto
Dardeja com arpéus de dor este amor impoluto.
Cansados estão meus olhos por tão acre pranto
Que os inundam em torrentes de mágoa e dor;
Quanto mais choram, mais de ti, me lembro, amor.
Aveiro, 29.05.2010
Carlos Pereira, boa noite e obrigado pelas visitas ao meu livro de poesia.
ResponderExcluirGostei muito deste seu soneto. A perda; as recordações fitando o álbum amarelecido, o sofrimento pela partida, a saudade de um amor eterno, a espera por um reencontro terno.
Como o entendo poeta.
Rogério Martins Simões