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REBANHO
ALINHADO
Carlos
Pereira
Carneiros! São tantos em “manada”,
Dispersos
ou em fila indiana.
Não
lutam, absolutamente, por nada;
É
da sua (nossa) condição humana.
Dizem ámen a tudo. Tudo está bem.
Nunca
se libertaram de Santa Comba Dão
E
aceitam São Bento mais Belém.
Ao
domingo mendigam a bênção.
O medo cresce nas pastagens e nos redis.
Os
pastores, cães já não têm. Os lobos vis,
Roubam
cada vez mais e mais a sua (nossa) lã.
Rebanho alinhado e manso à portuguesa.
Por que
morreu no monte Catarina, a camponesa,
Se
não há sol e pão para todos em cada manhã.
Aveiro,
06.02.2014
Publicado no Diário de Aveiro
Publicado no Diário de Aveiro
Um poema a dar certo com tudo o que se passa neste país tão magoado...
ResponderExcluirAbraço.
Carlos Pereira, que belíssimo Soneto, fiquei encantada em poder ler você.
ResponderExcluirEu editei um novo Blog, e desejava que sua nobre pessoa me seguisse, agradecida,
Efigenia Coutinho