Foto de Salete Pereira
SONETO
Carlos
Pereira
Há
quem lhe outorgue, por mérito, o epíteto
Da
mais bela joia da literatura poética.
Para
criá-lo, mais do que um golpe ou ímpeto,
É
necessário arte burilada, sintética.
É
muito mais do que catorze versos que arquitecto
Na
construção de uma composição imagética.
Se
na rima das quadras ao derradeiro terceto
Me
empenho, descuro, a elegância da métrica.
Busco
as palavras na recôndita arca da memória
E
imploro a imprescindível ajuda das musas,
Para
que os versos mereçam a vanglória
Que
aos poetas é atribuída sem soberba ou vaidade.
Se
porventura o meu poema não é mais purista, mil escusas
Suplico
a quem o ler com um aplauso de humildade.
Aveiro,
16.02.2014
Publicado no Diário de Aveiro
A arte do soneto não é para todos. Mas o meu amigo é um poeta que a domina bem.
ResponderExcluirGostei imenso.
Abraço e boa Páscoa.