CANAL DE SÃO ROQUE

CANAL DE SÃO ROQUE

Foto de Gabriel Pereira




quarta-feira, 31 de agosto de 2011

TODA A POESIA É BOA



Esculturas com areia do rio do escultor José Monteiro
Foto de Carlos Pereira






TODA A POESIA É BOA
Carlos Pereira


Toda a poesia é boa
Para que a dor não doa.
Mais do que entendê-la,
É preciso saber lê-la.


Aveiro, 21.02.2011
                                  

PONTO POR PONTO



Foto de Carlos Pereira



 PONTO POR PONTO
 Carlos Pereira



 Ponto
 Que desponta
 A contra-ponto,
 Na ponta

 Aponto
 O afronto
 Que confronta
 De pronto
 
 Encontro
 Desencontro
 
 Acrescenta um ponto,
 Quem conta
 Um conto
 Ponto por ponto
 Ponto


 
 Aveiro, 18.01.2011

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

SEMPRE AMEI A POESIA



Foto de La Salete Pereira


                      
 SEMPRE AMEI A POESIA       
 Carlos Pereira


 Sempre amei a poesia!
 Acho que muito antes de o perceber.
 Agora ainda amo mais, creio;
 Quanto mais a leio
 Mais vontade tenho de ler,
 Embora não tanto como merecia.

 Escrevo, amando as palavras
 Sem excepção, assim o digo;
 Como uma mãe ama seus filhos,
 Protegendo-os com mil cadilhos.
 Meu filho verso, bendigo;
 Fruto da musa mãe, que meu poema: lavras.

 Aveiro, 28.01.2011 

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

VELHICE



Foto de Carlos Pereira



        
VELHICE
Carlos Pereira


A velhice não é senão o momento
Do tempo que ainda sobra;
Desfiar de memórias, lamento,
D’aquilo que a vida cobra.

Quem das tormentas, o cabo dobra,
         Colhendo desse feito, ensinamento;
Molda o barro da vida, cria obra,
E do pão da sabedoria, alimento.

O passado é o seu ancoradouro,
Donde o barco teima cumprir a rota
Do desígnio que lhe coube em sorte.

Do seu olhar o brilho ainda é d’ ouro,
Cúmplice d’ um grande amor que se nota;
De tão grande, viverá depois da morte.


         Aveiro, 30.01.2011

Publicado na Revista NORTADA do SBN







                              

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

TODO O CÉU CHOROU



Foto de La Salete Pereira



           TODO O CÉU CHOROU
       Carlos Pereira


       Agora, que já tudo sossegou
       Que o vento é, tão só, uma brisa d´um suspiro meu;
       Todo o céu chorou
       As lágrimas; que já foram d´um choro teu.

       As nuvens que passam são bocados de ti;
       São sonhos do meu dormir
       Que eu acordado, contigo, já vivi;
       Agora, só falta sonhar-te a sorrir.

       Aveiro, 17.02.2011