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DONZELA
MINHA
Carlos
Pereira
Soneto para Bocage
Belo
nadegueiro tendes, donzela minha,
Que
meu sangue ferve em toda a veia.
Não
conheço vossa borboletinha
Mas
sendo vós, roliça, será bem cheia.
Pelo
volume de vossos seios se advinha
Que
nem toda a mão por eles se alardeia.
Não
ouseis doce virgem ir à floresta sozinha;
Tomai
cuidado com o dente afiado da alcateia.
Quando
passais na rua com vosso porte altivo
Todos
os machos vos lançam seu olhar lascivo;
Desde
o, pobretanas, ao melhor sucedido nababo.
Gingando
as ancas sensuais com ar atrevido,
Tornais
meu desejo, sôfrego, incontido.
Sois
obra de Deus ou castigo do Diabo?