CANAL DE SÃO ROQUE

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Foto de Gabriel Pereira




domingo, 8 de agosto de 2010

UM AMOR JURADO ETERNO



(Foto de Salete Pereira)





                        
                   UM AMOR JURADO ETERNO
                                Carlos Pereira  





 Já não me escorre pelos dedos a seiva dos dias;
 São já álbum amarelecido de longínqua recordação.
 Extinta está a luz dos meus olhos em que te vias
 E no meu peito jaz a dor triste deste amor em vão.

 Olho para trás e recordo as linhas do teu rosto,
 A tua boca, os teus cabelos esvoaçando ao vento.
 Neste desfiar de memórias; resta apenas o desgosto
 D’ um amor jurado eterno …ora apenas sofrimento.

 Agora que caminho sem ti e a aura do teu encanto
 Se esfumou em miríades de estrelas; meu luto
 Dardeja com arpéus de dor este amor impoluto.

 Cansados estão meus olhos por tão acre pranto
 Que os inundam em torrentes de mágoa e dor;
 Quanto mais choram, mais de ti, me lembro, amor.


                                          
Aveiro, 29.05.2010             


Um comentário:

  1. Carlos Pereira, boa noite e obrigado pelas visitas ao meu livro de poesia.
    Gostei muito deste seu soneto. A perda; as recordações fitando o álbum amarelecido, o sofrimento pela partida, a saudade de um amor eterno, a espera por um reencontro terno.
    Como o entendo poeta.
    Rogério Martins Simões

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