CANAL DE SÃO ROQUE

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Foto de Gabriel Pereira




sábado, 22 de janeiro de 2011

SÃO TEMPOS DE BRUMA






  SÃO TEMPOS DE BRUMA
           Carlos Pereira


         São tempos, estes, de bruma
Que nos tornam entorpecidos.
Não há rei que se assuma
Neste reino de empobrecidos.

São tempos, estes, de seca;
No rio quase não corre água.
Há indultos para quem peca…
E lágrimas de tanta mágoa.

Grassa, jocosa, a indecência…
Vive, impune, a obscenidade…
Premeia-se, a ufana insciência.

Nesta coutada, neste arraial,
A mentira travestida de verdade;
Consagrou-se bravata nacional.

                Aveiro, 21.01.2011
                                              







                                              

         

10 comentários:

  1. Nunca os carneiros foram tão carneiros desde que os lobos foram dados à extinção!... Os gritos são submissos "méés" à promessa duns modernos "fachos" de erva... daninha!...

    Junto minha voz à sua caro Carlos, na pertinência do Poema!... E do grito!


    Abraço

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  2. Lindo soneto deitado à bruma em tempos dificeis estes... Adorei. Beijos com carinho

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  3. Hummm...que "paulada" Carlos...gostei! Muito bom!!

    []ss

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  4. Um soneto a dar que pensar! Muito bem.
    Bj
    Bshell

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  5. Que nunca te doam os dedos

    para dar voz às palavras

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  6. Um poema desencantado, para reflectir...
    Um beijo.

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  7. quanta poesia
    e palmas!

    beijos,
    do menino-homem

    fique com Deus!

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  8. _______________________________________________


    ...tempos de bruma? Acho que são mesmo...

    Bonito poema! Uma reflexão em belos versos.

    Beijos de luz e o meu carinho!!!

    __________________________________________

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  9. ....

    Amigo,
    O soneto é excelente, mas a verdade que nele se espelha é bem trágica para todos nós.

    Um abraço

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