CANAL DE SÃO ROQUE

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Foto de Gabriel Pereira




sexta-feira, 6 de maio de 2011

OUVE-SE AO LONGE O CROCITAR DOS CORVOS

Foto de Piedade Araújo Sol



                         
OUVE-SE AO LONGE O CROCITAR DOS CORVOS
Carlos Pereira


Ouve-se ao longe, o crocitar dos corvos,
Trazido pelo vento quente do vale, prenuncio
Da dilaceração da carne quente da minha solidão
E do sangue vivo do meu silêncio.
Ouço o eco da luz dos meus passos
A fugir do festim dos mortos.
Já não vou chegar a tempo, da coroação das aves,
Porque a penumbra, tomou conta de todas as estradas.


Aveiro, 13.02.2011



7 comentários:

  1. um poema denotando uma certa tristeza.

    a foto foi bem escolhida.

    obrigada!

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  2. ______________________________________


    Quando a penumbra quer se instalar, colocamos um sorriso no rosto e iluminamos toda a volta...


    Beijos de luz e o meu carinho!!!


    _____________________

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  3. Melancólico mas belíssimo! e cheio de imagens.

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  4. Mesmo na penumbra, podemos caminhar.
    São cinco os sentidos e imensas as formas de chegar ao outro lado.
    Saudações.

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  5. Belo poema.
    Gostei imenso, caro amigo.
    Um abraço.

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  6. Olá amigo, mais um lindíssimo poema com alguma nostalgia mas maravilhoso como sempre. Beijos com carinho

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  7. Visitei o seu cantinho, atraída pelo seu poema "Ouve-se ao Longe o Crocitar dos Corvos", que reli e voltei a apreciar. Triste, é certo, mas as nossas vidas também têm desses momentos. Não creio possamos eliminá-los. Quanto mais..., poderemos, talvez, tentar minimizá-los.

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