CANAL DE SÃO ROQUE

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Foto de Gabriel Pereira




sábado, 30 de junho de 2012

CANÇÃO DE AMOR



Foto retirada da Net








CANÇÃO DE AMOR

Carlos Pereira




Esta fenda lúgubre, sangrando, talhada no meu peito,

Faz-me recordar tantos amores, alguns de vã glória.

Amar e ser amado, será desígnio? Será um direito?

Ó amantes incorruptos: guardai-os, sempre, na memória.



Este meu corpo torpe, definhando, sorte que mal aceito,

Traz-me tantas recordações, má fortuna, felicidade inglória.

Sublime amor me dás em troca de quase nada, minguado preito,

Te presto neste poema, sentido, de comezinha inspiratória.



A minha vida é uma montanha a parir amor contigo,

Cheia de flores campestres e beijos com sabor a mar

A eclodir, fieis desejos, no teu ventre níveo bendigo.



Agora tenho quem me ama e aceita esta vontade de sonhar;

Quem faz de mim, decrépito amante, seu porto de abrigo.

Se te disser que te amo, acredita, é o meu coração a falar.



Aveiro, 21.04.2012

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